sexta-feira, 29 de julho de 2011

PALAVRAS PESADAS

Foi com muita tristeza, que li – “Cielo decepciona”. Realmente nosso país ainda tem uma longa caminhada até conseguir se livrar do ranço colonialista. Para nós, só conta o primeiro. Os outros são perdedores. Lamentavelmente, nossos atletas, recebem os louros apenas quando estão no topo do pódio. Medalhas de prata, bronze, quarta ou quinta colocação são descartadas como chinelo velho. Nossos jornalistas precisam ter mais cuidado com as “palavras pesadas”. Decepciona, porque não trouxe o tão esperado ouro? Essa e outras observações deixam claro que somos influenciados por outras culturas. O melhor é sempre o que vem de fora. Melhores vinhos, roupas, atletas, alimentos e seres humanos. Sabemos das nossas dificuldades, das nossas mazelas e dos nossos problemas. Por  esse motivo,  precisamos enaltecer os bons. Nosso esporte de Maria Esther Bueno, Ayrton Senna, Guga, Diego Hypolito, Oscar, Daiane, Hortência, Paula entre outros que brilharam e ainda brilham no vôlei, no basquete, no futebol de salão, no judô, no atletismo e nas mais variadas modalidades, não “decepcionaram” mesmo quando não ficaram em primeiro lugar. Precisamos valorizar os bons brasileiros, não só no esporte, mas nas artes, na música, na literatura além de outros segmentos, para  que os nossos jovens acreditem que há um lado bom do Brasil. Existem brasileiros que através do seu trabalho, esforço e dedicação sustentam essa nação. Precisamos ter cuidado com as “palavras pesadas”. Esse aviso, não cabe apenas ao mundo jornalístico ele também vale para professores, pais, empresários, médicos,  patrões e muito mais. Pessoas não são máquinas.   Muitas vezes sem  darmos conta destruímos sonhos, interferimos na criatividade, colocamos obstáculos que impedem o crescimento saudável de um cidadão. Parabéns aos  atletas que estão competindo nas mais variadas modalidades esportivas. Parabéns aos para-atletas que nos ensinam o valor da competição e superação. Parabéns aos brasileiros que através de seu esforço sobrevivem apesar de ouvir constantemente “palavras pesadas”.
Edison Borba - Professor / Coordenador Pedagógico do PINCE

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