quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CORAÇÃO VASCORINTIANO.

Sou vascaíno de nascimento. Cresci num lar, onde a bandeira do Clube de Regatas Vasco da Gama  tremulava ao lado do lábaro estrelado brasileiro.
Quando comecei a falar, após aprender papá e mamã, a terceira palavra foi Vasco, o da Gama só após o meu primeiro aniversário.
Sou torcedor, mas não assisto aos jogos do Gigante da Colina. Meu coração não aguenta os noventa minutos de emoção. Espero terminar a contenda, para ver os melhores momentos e ouvir os comentaristas explicando os lances e jogadas.
Fico de mau humor, quando meu time querido, não consegue desempenhar adequadamente o seu papel no gramado. Não sou um bom perdedor. Perco a calma se o vascão  perde.
Não aguento comentários sobre meu time do coração.
Minha origem portuguesa se revela no prazer de saborear uma bacalhoada, sofrer ouvindo um fado e torcer apaixonadamente pelo Vasco da Gama.
Meus avós e meus pais me deixaram essa maravilhosa herança!
Porém, neste momento, apesar do meu coração vascaíno, estou abrindo um espaço para o timão da terra da garoa, o Corinthians. Não se trata de traição, apenas um gesto de brasilidade. Agora, em dezembro, lá do outro lado do mundo, um pedaço do Brasil está sendo representado por um grande Gavião. Os fiéis seguidores corintianos estão no país do sol nascente, pintando as arquibancadas, de preto, branco, verde e amarelo.
Força para a nação corintiana. Estamos torcendo para que o Brasil seja bem representado por vocês.
Porém, no sangue de um vascaíno continua a navegar a nau portuguesa, ostentando em suas velas a bela cruz de malta.
Edison Borba

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