sábado, 1 de dezembro de 2012

O QUE SAI – NÃO VOLTA!

O corpo humano pode ser comparado a uma grande usina, que para produzir energia, precisa de combustível. Porém, como toda usina,  ao executar suas diversas atividades elimina resíduos que se não forem tratados podem causar graves danos ao meio ambiente a as criaturas que o habitam.
Para a sobrevivência da espécie racional  é necessário consumir  oxigênio, alimentos e água. Sem esses combustíveis os corpos não funcionam  fisiologicamente, e graves danos podem acontecer à sua morfologia. Doenças, malformações e outros problemas afetarão a usina humana, que por ser racional, necessita de outro  combustível: educação.
Através do consumo educacional, um setor da grande fábrica humana, o cérebro,  poderá funcionar adequadamente, proporcionando a todo o conjunto, equilíbrio necessário ao uso dos demais combustíveis.
Imaginemos os bilhões de humanos, funcionando como usinas ambulantes, gastando e eliminando resíduos por todos os continentes.
A água usada para matar a sede, é eliminada como urina. Os alimentos saem como fezes. O oxigênio entra e sai o gás carbônico. Essas são apenas algumas das trocas que as usinas humanas fazem para com o meio ambiente. O bom é consumido e o ruim  é descartado. Cada usina separadamente elimina diariamente esses e muitos outros resíduos que poluem a o planeta Terra, colocando em risco o futuro da espécie humana.
Ricos, pobres, reis, rainhas, plebeus, políticos, empresários, operários, madames, prostitutas, juízes, criminosos, intelectuais e analfabetos, sem exceção, possuem as mesmas necessidades de consumo e eliminam produtos semelhantes biologicamente.
Porém, quando se observa o que sai do cérebro humano  transformado em atos e palavras, podemos perceber diferenças de usina para usina, isto é, de indivíduo para indivíduo.
Atos nocivos ou atos benéficos. Palavras de amor ou palavras malditas. Essas contradições poderiam  ser evitadas, se cada humano fosse trabalhado educacionalmente para saber usar racionalmente suas funções.
O mundo necessita cada vez mais de inovações afetivas e éticas para que possamos tornar cada ser humano um empreendedor de amor e respeito para com o próximo – homens, animais e vegetais. A Terra precisa urgente dessas transformações individuais.
O ato de urinar é necessário ao equilíbrio da usina humana. Quando a sirene acusa excesso desse líquido na bexiga, é necessário eliminar para se manter o equilíbrio. Porém, onde jogar  esse nocivo subproduto,  dependerá da central controladora (cérebro), que sua vez, deverá funcionar conforme informações adequadas (educação). O controle sobre quando e onde despejar esse líquido de odor desagradável está relacionado diretamente à educação de cada homem ou mulher.
Portanto, do funcionamento racional de cada usina humana, depende a boa sobrevivência dos demais elementos que formam a cadeia ecológica universal.
Além, dos subprodutos concretos, a palavra é também um produto humano   que deveria ser produzida de forma ética / afetiva / construtiva para que não se tornar um fator de degradação e destruição da espécie.
Produzir e emitir palavras, frases, discursos e sons, despejando-os no meio ambiente sem o devido controle, é bem semelhante à eliminação dos demais resíduos orgânicos.
Não podemos continuar a poluir o meio ambiente com palavras nocivas. A emissão inadequada de determinados termos, podem causar sérios danos aos ouvintes e consequentemente um grave desequilíbrio na espécie humana.
Devemos cuidar do que sai da boca do homem!
O que sai não volta: da mesma forma que a urina, o gás carbônico e as fezes as palavras poderão causar danos irreversíveis ao nosso planeta.
Edison Borba
 
 

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