quinta-feira, 14 de julho de 2016

CRESCENDO E APRENDENDO?


O tempo passou novas práticas pedagógicas surgiram, tecnologias foram criadas; aparelhos sofisticaram as salas de aula, mas o processo de conquista e “enamoramento” pela saber ainda não atingiu plenamente a sua função. É muito raro encontrar escolas, que conseguem cativar seus alunos. Não me refiro, ao uso de computadores ou de instrumentos similares, mas o prazer pelo adquirir conhecimento.
Acredito que está acontecendo uma confusão entre gostar de “mexer” nos “aparelhos” e gostar de aprender usando os tais “aparelhos”.
Algumas vezes sinto-me constrangido quando ouço adultos se referirem às suas crianças e jovens como azes do teclado, sem terem noção do que está sendo produzido pelos “dedinhos” ou com quem e que tipo de informações estão sendo trocadas.
É constrangedor!
Ficar horas diante de um computador teclando e conectando não torna ninguém crítico e capaz de desenvolver conceitos claros sobre cidadania. Ter vontade de saber pelo prazer de aprender é algo que não tenho percebido, quando estou diante de estudantes que manipulam seus celulares avidamente.
Nossas crianças e jovens são seduzidas pelo lúdico das salas de bate papo, face books e outros “virtuais” mas não são levadas a tirar proveito dessa parafernália, no sentido de sua formação pessoal. Um número bastante reduzido, consegue esta façanha, usar a tecnologia para o seu proveito; os que o fazem, geralmente possuem um lastro cultural familiar oferecendo suporte e orientação.
As famílias e as escolas quando perguntam: “o que você vai ser quando crescer?” esquecem daquilo que a criança já é, e, o que está sendo oferecido a ela para ser.
Continuamos convivendo com problemas de aprendizagem, disciplina, aproveitamento, discriminação e relacionamentos, misturados aos celulares, computadores e outras “modernidades” que para a maioria da população acrescenta muito pouco benefício para os nossos futuros cidadãos e cidadãs.
Lembrando a raposa do Pequeno Príncipe – “tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas”, precisamos urgentemente cativar nossas crianças e jovens, antes que outros indivíduos o façam. “ELES” sem nenhum escrúpulo são capazes de seduzi-las e conquistá-las através de técnicas pouco pedagógicas e nada ortodoxas para caminhos extremamente nocivos e sem perguntar, “o que você vai ser quando crescer”.
Edison Borba

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