terça-feira, 26 de julho de 2016

VOVÔ - VOVÓ

Não tive o privilégio de conhecer meus avôs: João Martins Borba e Francisco José de Freitas, porém fui agraciado com duas lindas mulheres, minhas avós: Deolinda Cândida Borba e Emerenciana Henrique de Freitas.

Doces criaturas! Sempre prontas a acolher seus netos e filhos. Nunca, mas nunca mesmo, ouvi um grito, uma reprimenda ou mau humor destas senhorinhas. Apaziguadoras e ternas mas não eram “melosas”. Carinhosas na medida certa. As duas sempre vestidas com roupas escuras, cabelos enrolados em coque e aventais de florezinhas.

Mãos que afagavam os cabelos dos netos, um por um. Cada um na sua vez!

Da vó portuguesa ainda lembro algumas palavras da sua aldeia: gadelha (cabelo), rapariga (mulher), bisqueleta (bicicleta) e outras que se perderam em minha memória.

Com a vó brasileira, aprendi a contar histórias. Ela sabia muitas, mas a que eu gostava mais era a do “porco pelado”. Também foram dos seus lábios que ouvi alguns capítulos da História do Brasil.

O tempo passou e elas agora estão novamente com os seus companheiros: Deolinda com o João e a Emerenciana com o Francisco.

Provavelmente todos neste momento estão sentados ao lado de Santa Ana e São Joaquim observando seus netos aqui na Terra. Meus avós, os quatro, estão conduzindo meus dedos no computador para que essa mensagem chegue a todos os netos da nossa família e também a todos os que são netos e avós em todo o mundo.

Benção meus avôs! Benção minhas avós!


Edison Borba

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