sexta-feira, 29 de julho de 2016

VAI UMA AÍ, DOUTOR?

Prazer imediato, delícias das drogas, brilho nos olhos = cocaína
Uso por divertimento, paro quando quiser, o dinheiro é meu
Sou dono da minha vida! Fico inspirado! Canto e escrevo melhor!...

Tragédia? Comédia? Realidade!
Viciados, loucos, rastejantes! Viajantes das trevas!
Os mendigos e pobres vagam pelas ruas, becos e vielas
Os ricos assistem das janelas, fumam nos apartamentos
Usam nas boates. É elegante! Fico flutuante! Numa “nice”!
Artistas defendem, pela inspiração da aspiração!
Horror! Terror! Pavor! Droga é droga!
Ventres drogados, fetos repletos de pó
Nascerão se contorcendo, serão zumbis, vivos mortos
Os que usam por divertimento riem nas “raves”
Curtem, fazem viagens, flutuam - que morram os pobres!
Peso social? Que onerem os impostos dos que pagam “impostos”
Sou da turma, que curte um corte com o cartão de crédito
Fumaça na universidade, ocupando o lugar do saber
Hoje, está sob o poder do pó, do nó, do álcool, do fumo
Cabeças vazias terão diplomas, trágicas formaturas
Tristes desfechos onde não se acha o fecho da toga que usarão
um dia
Serão “formados” – diplomados.
Os outros ... entrarão na fôrma da “forma” da prisão
Continuarão a fumar, craquear nas impurezas dos presídios
Aqueles, os outros ... o farão nas academias, consultórios e nas festas e encontros sociais.
Os artistas? Nos palcos! Nas danças e andanças – é chique!
E vamos assim caminhando pelo mundo do consumo.
Com sumo?
Não, pode ser pura mesmo!
Vai uma aí Doutor???
Horror!
 

 Edison Borba

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