(por) Edison Borba
George
Gurdjieff, pensador russo, nos deixou esta reflexão: “Você é o
que se fizer ser”. Uma pequena frase que nos permite diversas
interpretações. Eu sou aquilo que eu mesmo me faço ser, um enigma
interessante que nos transporta a outra observação, feita pela
cantora Whitney Houston, ao declarar a um jornalista em uma de suas
últimas entrevistas: “Eu sou a minha pior inimiga”. Na ocasião
em que deu este depoimento Whitney estava em recuperação pelo uso
de drogas. Mais tarde, ela voltaria a se drogar e infelizmente
morrer, perdendo a luta com ela mesma.
Talvez
esse exemplo possa ser demasiadamente exagerado, mas o livre arbítrio
nos permite buscar caminhos para sermos algo ou alguém na sociedade.
Apesar das constantes interferências ambientais e sociais, o ser
humano deveria possuir discernimento para saber distinguir o certo e
o errado. Porém, a natureza humana, possui diversas conexões
internas e externas, o que torna difícil, algumas vezes, perceber o
que está correto ou o que é melhor para aquele momento.
Em
alguns casos, “eu sou o que fizeram de mim”, com a minha
conivência, que pode ser passiva ou ativa. Às vezes nos deixamos
levar sem nenhuma resistência. Assumimos uma posição confortável
e deixamos que as responsabilidades sejam do outro e não a nossa.
Outras vezes resistimos, porém nossa fraqueza nos impede de mudar o
curso da história. Tornamo-nos vítimas da nossa impossibilidade de
alterar o processo ao qual estamos conscientemente submetidos.
Ser
ou não ser? Eis a questão que dificilmente conseguiremos responder!
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