terça-feira, 6 de agosto de 2019

SERÁ QUE FAZ MAL?

(por) Edison Borba




Tive o prazer de conviver na minha infância, com duas adoráveis avós. Uma delas mineira a outra, portuguesa. Essas duas mulheres muito influenciaram minha vida com suas histórias. Até hoje, lembro-me das observações. 
Vamos lembrar algumas:
- Colocar guarda – chuva deitado sobre a mesa, chama defunto em casa.
- Deixar sapatos virados com a sola para cima, traz más influências para a família.
- Derramar sal sobre a mesa ou no chão provoca briga no lar.
- Dormir com uma tesoura aberta em baixo do colchão corta dores no corpo.
-Assobiar à meia noite chama alma penada.
-Trocar as tampas das panelas faz a dona de casa ficar atordoada.
-Dizer palavras ruins atormenta nosso anjo-da-guarda.
-Deixar que um passarinho leve seu cabelo para o ninho causa dor de cabeça.
-Benzer a panela antes de colocar o alimento para cozinhar aumenta a quantidade e a comida fica mais saborosa.
-Se for a um enterro, toda a roupa usada deve ser colocada para lavar e os sapatos usados devem ser tirados do pé antes de entrar em casa.
-Sentar à mesa sem camisa, para almoçar ou jantar,  afasta o anjo-da-guarda.
Acredito que essas e muitas outras crenças e crendices, eram usadas no processo educativo familiar. Era uma forma sutil de passar regras relacionadas à ética e aos bons costumes incluindo higiene.
Algumas ainda fazem parte do meu cotidiano uso-as de maneira tranquila, misturando-as com toda a tecnologia que existe no um mundo.
Apesar de acessar computador, celulares e outras maquininhas, não custa nada fazer o sinal da cruz, todos os dias ao levantar da cama para enfrentar um novo dia.

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