(por) Edison Borba
É interessante, quando revolvemos olhar a nossa trajetória de vida e descobrimos que fizemos parte dos acontecimentos, que hoje são narrados nos livros. Há dias escrevi sobre a pulseira de minha mãe doada por meu pai para o "bem" das finanças do Brasil. A partir dessa história, lembrei-me que aos 20 anos, sai de casa e me dirigi para a Central do Brasil. Era uma sexta feira, dia 13 de março de 1964 e João Goulart iria falar. Fui criado numa família "getulista". Meus pais viam no Senhor Vargas um líder, dessa forma desenvolvi a admiração por Jango, que meus diziam ser o filho do Getúlio. Estimulado por uma amigo que fazia parte do sindicato dos bancários, cheguei à Central do Brasil e fiquei extasiado diante da grande multidão. Estava lá, por curiosidade e admiração ao Jango. Nada sabia sobre questões partidárias. Eu, emocionei-me diante da multidão e dos oradores, entre eles Leonel Brizola. Retornei à minha casa entusiasmado com o que tinha ouvido. Porém, tudo mudou num piscar de olhos. Hoje, relendo a nossa História, sinto um imenso orgulho de ter estado na Central do Brasil, naquela sexta - feira, 13 de março de 1964.
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