A paisagem vista daquela janela, permitia vislumbrar ao longe uma montanha, e quando o dia se fazia presente, a luz do sol tornava a montanha reluzente. Os raios solares sobre a vegetação, permitia ver as diversas nuances do verde das folhas das árvores. Porém, quando a noite caía sobre o vale, e a escuridão abraçava todo o ambiente, da janela nada se via, apenas um vazio, impenetrável na bruma que a tudo escondia, poder-se –ia dizer que nada mais havia, naquele vale verdejante e lindo.
Apenas, os que já haviam desfrutado
da paisagem, sob a luz do sol de um dia, poderiam, mergulhar no
ambiente nebuloso e frio, recordando a "paisagem", mesmo no vazio que a
negritude escondia. Os amantes sabiam que dentro da escuridão havia,
a "paisagem" de uma montanha verdejante.
Aquela
janela, como tantas outras espalhadas pelo mundo, guarda belas visões,
que duram pouco mais que um segundo, o tempo de se fotografar com a
alma. Existe uma beleza que só conseguimos aproveitar com a calma de quem ama
a vida e se sente integrado à natureza. Podemos
aproveitar em recordações tardias, quando a luz do sol se esvai no
horizonte, mas a paisagem continua em nossa mente, até que se faça
um novo amanhecer, e a luz do sol faça renascer, mesmo que tardia, a
beleza que a natureza pode nos oferecer sob a luz do dia!
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