terça-feira, 14 de junho de 2016

CONTRASTES

Quartos brancos, frios e silenciosos

Pessoas monitoradas, adormecidas

Entorpecidas pelos soros que produzem sono

Sussurros são ouvidos ...

São as leves respirações ...

Sutis, frágeis, quase inaudíveis

Ainda há vida ...

Aparelhos, fios e tubos

Conseguem manter o tênue fio das vidas

Homens e mulheres de branco

Desfilam pelos corredores

Entram em saem dos quartos

Num movimento constante

Pois cada instante garante

Que haja mais tempo de viver

Há uma tristeza em alguns corredores

Que contrasta com a alegria de outros

Contrastes do dia a dia ...

Num hospital onde algumas vidas se esvaem

Também é o local onde muitas vidas nascem

Assim é o ciclo da espécie humana!

Edison Borba

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