(por)
Edison Borba
Novo mundo de avançada
tecnologia, de comunicação instantânea, uma aldeia global. Moderno mundo de
homens “maduros” que se comportam de maneira imatura, sacrificando o seu
próprio povo brincando com sua vuvuzela. Em outro ponto desse incrível mundo
outro importante homem, se diverte sentado em cima de um muro, que ele
construiu em sua louca cabeça, para que o planeta se divida numa nova Berlim americana. Invejável mundo
novo, que explode usinas deixando que a lama vermelha cubra seus verdes campos,
mate animais e até gente humana, tão humana, quanto aqueles que deixaram a
usina explodir. Admirável mundo de “big brothers”, que se animalizam em troca
de algumas moedas, dentro de uma arena de edredons e piscinas. Incrível mundo
que mesmo com fome, aplaude os “home” que propiciam circo, mas escondem o pão.
Que admirável é esse mundo novo com velhos costumes, entre eles o de torturar,
mesmo tendo afirmado e lavrado em livro que tortura, aqui, nunca mais. Apenas,
nas portas dos hospitais, nos presídios superlotados que animalizam ainda mais
os que ali foram “guardados”. Mundo lindo e maravilhoso de centenas de milagres
que acontecem cotidianamente frente aos olhos dos televisores, em cenas que
mais parecem um circo de horrores. Mundo novo de ameaças veladas, preconceitos
sem conceitos, discriminação institucionalizada pela sociedade que até ama os
humildes, os pobres, os “trans” e outros tantos que não se enquadram nas regras
da sociedade distinta, que corre na praia, vestida de branco, como acontece nos
anúncios de margarina. Que belo o novo mundo, de caras e bocas e de bocas sem
dentes, dos famintos de justiça, mas que sorriem para o mundo, que os atira
migalhas como nas arenas dos Césares romanos.
Admirável mundo novo! Como
entende-lo? Como sobrevivê-lo?
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