(por) Edison Borba
Quando eu era criança,
lá em Inhaúma, frequentei (eu, meus irmãos e toda a meninada do bairro) as
Escolas Municipais da localidade, que
além de oferecerem um bom trabalho Pedagógico, as aulas eram ministradas em
prédios confortáveis. Havia carteiras para todos os alunos, a merenda de boa qualidade e recebíamos a visita de um
ônibus aparelhado para fazer radiografias, exames médicos e dentários nos
alunos. Meu primeiro contato com a odontologia aconteceu num desses ônibus. Na
hora da entrada para o início das aulas, cantava-se o Hino nacional e os
recreios eram alegres com muita correria e brincadeiras. As professoras colavam
nas paredes das salas um gráfico de avaliação com as cores verde, amarelo e
vermelho, onde aparecia a situação de cada aluno. Os pais frequentavam as
escolas e mantinham uma relação amistosa com as “respeitadíssimas” professoras.
Portanto, cresci com uma imagem favorável do ambiente escolar. Talvez, tenha
sido esse contato que me estimulou a ser um professor. No início do meu
magistério, final da década de 60, consegui, ainda, conviver com este perfil
escolar.
Hoje, 2019, faltando
poucos dias para o início do ano letivo, muitas e muitas escolas encontram-se
(os prédios) sem as mínimas condições de habitação. Não vou questionar o ensino
/ aprendizagem, mas apenas o concreto (feito de concreto = paredes = prédios). Lixo!
Lixo! Lixo! Quantos presidentes governaram o Brasil? Quantos Ministros da
Educação? Talvez precisemos de um matemático para nos ajudar a contabilizar o
descaso, a preguiça, a falta de responsabilidade, a corrupção, a falta de amor
para com a EDUCAÇÃO no Brasil. Nem direita e nem esquerda, EU como povo quero
SAÚDE, EDUCAÇÃO e TRABALHO. Chega de tanta palhaçada e de discursos vazios. Até
quando o Brasil seguirá como um barco perdido nas águas turbulentas e cinzas do
oceano da irresponsabilidade!
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