(por) Edison Borba
Vivemos tempos
complicados e, talvez por esse motivo, quando se faz necessário a presença de
um responsável ao colégio, geralmente os avós, algum tio, um primo, vizinho e
até babás e empregados domésticos é que estão comparecendo. A desculpa quase
sempre é o trabalho. Algumas vezes doença, mas a necessidade de manter a vida
familiar com as contas pagas e alimentos na mesa, são responsáveis pelo
afastamento dos pais, principalmente das classes menos favorecidas, das
atividades escolares dos seus filhos. Porém, este fenômeno também acontece nos
grupos das classes financeiramente privilegiadas. Pais que viajam ou os que
possuem suas agendas repletas de compromissos sociais costumam terceirizar a
educação de seus filhos.
Em ambos os casos os
prejuízos são notáveis. Crianças e adolescentes necessitam que sua família
esteja presente no seu local de estudos e acompanhe junto com os Professores o
desempenho e a relação do filho com o colégio.
Aos poucos, as
famílias estão perdendo espaço no processo da educação informal e deixando para
os colégios a condição de educar. Escola é lugar de ensino de conteúdo
disciplinar, obviamente que durante a permanência do aluno na Unidade de Ensino,
pode ocorrer transversalmente com a aprendizagem, encaminhamentos educacionais,
porém educar não é o principal papel das escolas.
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