O caixão coberto
de flores, até parecia um jardim
Rosas da cor de
rosa e lindos e azuis jasmins
Crisântemos
amarelos, petúnias arroxeadas
E a pureza dos
lírios, brancos sugerindo a paz!
Com um semblante
sereno, olhos semicerrados
o menino parecia
dormir, naquele caixão dourado
Aos prantos uma
bela senhora chorava emudecida
Choro contido.
Muita dor! Era a mãe do garotinho,
chorando como
Maria a santa mãe do Senhor!
De que teria
morrido aquele guri tranquilo?
Gostava correr
pelos campos, braços abertos
Sonhando pegar o
vento, como faz toda criança
Quando quer ser
passarinho, voando fora do ninho.
Dizem que foi
vingança e um invejoso vizinho!
Outros que foi
preconceito, o garoto não era aceito!
Era meio
diferente, dizem até “meio esquisito”
Entre seus
vários brinquedos haviam até bonecas
Mas também
tinham carrinhos, bolas e muitas petecas.
Era apenas um
menino, um garoto, um piá, um guri,
um bacuri destes
que habitam o Brasil
Porém as línguas
do mal, ou dos maus a ferina língua,
espalhou pelos
ares, pelo vento e pelo mundo uma
“coisa” bem
maldosa:
O guri, o
garotinho, não era nenhum anjinho,
Ele não era
menininho, como os da “nossa” família!
Aquela “coisa”
indecente era mesmo um doente
Gostava de
vestir e ficava até contente
Com sua linda
camisa que era da cor da “rosa”!
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