domingo, 27 de janeiro de 2019

MORTE COR DE ROSA

(por) Edison Borba



O caixão coberto de flores, até parecia um jardim
Rosas da cor de rosa e lindos e azuis jasmins
Crisântemos amarelos, petúnias arroxeadas
E a pureza dos lírios, brancos sugerindo a paz!
Com um semblante sereno, olhos semicerrados
o menino parecia dormir, naquele caixão dourado
Aos prantos uma bela senhora chorava emudecida
Choro contido. Muita dor! Era a mãe do garotinho,
chorando como Maria a santa mãe do Senhor!
De que teria morrido aquele guri tranquilo?
Gostava correr pelos campos, braços abertos
Sonhando pegar o vento, como faz toda criança
Quando quer ser passarinho, voando fora do ninho.
Dizem que foi vingança e um invejoso vizinho!
Outros que foi preconceito, o garoto não era aceito!
Era meio diferente, dizem até “meio esquisito”
Entre seus vários brinquedos haviam até bonecas
Mas também tinham carrinhos, bolas e muitas petecas.
Era apenas um menino, um garoto, um piá, um guri,
um bacuri destes que habitam o Brasil
Porém as línguas do mal, ou dos maus a ferina língua,
espalhou pelos ares, pelo vento e pelo mundo uma
“coisa” bem maldosa:
O guri, o garotinho, não era nenhum anjinho,
Ele não era menininho, como os da “nossa” família!
Aquela “coisa” indecente era mesmo um doente
Gostava de vestir e ficava até contente
Com sua linda camisa que era da cor da “rosa”!
--------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário