É comum, diante de uma
situação complicada, ouvirmos uma voz dizendo: “alguém precisa fazer alguma
coisa!”
O dono dessa voz, que levantou o clamor, coloca a
responsabilidade para o grupo, e se abstém de ajudar a buscar a providência.
Acredito, que a “voz acredita”, que já fez a sua parte. Alguém tem que fazer
alguma coisa, menos eu, que já fiz alarde para a situação. Essa é uma maneira
cômoda de aliviar a consciência, continuar na zona de conforto, ir para casa tranquilamente,
acreditando que cumpriu o seu dever de cidadão.
Quando vivemos em
comunidade, em grupo, em sociedade, não basta alertar para o perigo, nem gritar
chamando a atenção para um problema. É preciso arregaçar as mangas, colocar às
mãos na massa e agir concretamente. Todos precisam fazer alguma coisa, à partir
do alerta ser acionado. Trabalhar em grupo e com o grupo. Aliar-se aos que
estão por perto e, numa conjunção de forças lutar para que o problema possa ser
resolvido concretamente. No mundo da internet, essa situação tem se mostrado
claramente, quando recebemos alertas, sobre algum tipo de questão social.
Existem muitos clamores por soluções e poucas ações concretas. Nos últimos
dias, o número de “alguém tem que tomar alguma providência” tem aumentado e, a
ação concreta diminuído. Esta situação pode ser perigosa para uma sociedade em
que a democracia está sempre na corda bamba. Enquanto formos apenas arautos, a
tendência é que haja poucas mudanças, pelo menos aquelas mudanças que
acreditamos sejam realmente necessárias para um País transformar-se numa Nação
que ama seu povo.
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