quinta-feira, 21 de novembro de 2019

UMA EFÊMERA ARTE


(por) Edison Borba



Quando visitamos um Museu e nos detemos diante de um belo quadro, podemos aproveitar a beleza de uma arte que pode ter sido criada há dezenas de anos. O autor da pintura, deixou a sua marca para uma eternidade. Também quando abrimos um livro e nos deparamos com um lindo texto, escrito em séculos passados, podemos nos extasiar com a obra do escritor que ficou imortalizada em suas palavras impressas nas páginas de um livro. Porém, quando assistimos à um balé, precisamos estar atentos, pois cada passo ou pirueta executado pelos bailarinos, jamais se repetirão. A leveza da bailarina ao representar o Lago dos Cisnes, será diferente à cada espetáculo. O Corsário dançado por um bailarino, mudará sua expressão à cada apresentação. A partir desta visão, os espetáculos de dança, tornam-se extremamente sutis. É necessário que o espectador esteja absolutamente entregue ao prazer de se deliciar com a arte que cada bailarino e bailarina irá pintar em suas interpretações. Os balés são incríveis obras de arte que se desenham, pintam ou são escritas apenas uma vez. Num piscar de olhos pode-se perder um lindo movimento que jamais se repetirá!

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