Todas as religiões, reservam para seus seguidores um espaço para que os pedidos sejam feitos aos deuses, orixás e forças que conduzem aqueles fiéis especificamente.
Os católicos possuem uma centena de Santos, cada um indicado para atender particularmente ao solicitante. Santo Antônio, especializou-se em casamentos. Santa Luzia, protege os olhos, ajudando ao tratamento oftalmológico e São Judas Tadeu é o protetor das causas impossíveis. E assim santo a santo, cada um com a sua função, recebem milhares de pedidos para interferirem a favor do pedinte.
Os evangélicos, recorrem aos salmos, aos louvores e buscam a interveção do Espírito Santo para ajudar na solução de seus problemas.
Os kardecistas buscam ajuda nos espíritos de luz, que através de suas manifestações operam curando pessoas e por vezes deixando mensagens dos que morreram, para acalentar os corações dos aflitos.
Os candomblecistas recorrem às forças da natureza e buscam ajuda nas águas dos oceanos, nas cachoeiras, nas matas, nas pedreiras e em todas as formas de expressão do ar, da terra, e das águas doces e salgadas.
E assim vamos percorrendo os diversos caminhos da religiosidade encontrando sempre homens e mulheres rogando, pedindo, implorando por uma vida melhor, por um emprego, um namorado, uma namorada, um carro, apartamento e bens materiais, ou então a cura para os diversos males do corpo e da alma.
Diariamente milhões e milhões e pessoas pedem, pedem e pedem. Rogam, imploram para mudar suas vidas para melhor. Deus! Deus! Deus! Bilhões de vezes se repete - Deus me ajude!
Acredito que muitas pessoas não lembram de orar, pelo simples prazer de orar, agradecer pela vida, pela Terra e pelo Universo. Agradecer!
Enquanto estivermos apenas pedindo, pedindo e pedindo sem lembrar de agradecer o mundo continuará em guerra.
Precisamos aprender a sermos gratos pelo que temos e lutarmos para melhorar o mundo, cada um fazendo a sua parte. Não sermos passivos mas pacíficos e buscar formas de luta sem que a violência física e moral seja a principal arma.
Precisamos aprender a sermos justos e honrados.
Precisamos abrandar nossos corações.
Precisamos abandonar as atitudes preconceituosas e a respeitar a natureza e todas as formas de vida que nela existem.
Precisamos cultivar a ética e a praticar os Dez Mandamentos.
Precisamos aprender a desejar apenas aquilo que realmente merecemos.
E o que merecemos? O que fazemos para merecer?
Será que algumas vezes não exageramos nos pedidos?
É sempre bom refletir, fazer um exame de consciência, antes de pedir, pedir e pedir.
Edison Borba
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