quarta-feira, 1 de julho de 2015

MUITO BARULHO ...

Ontem, dia 30 de junho de 2015, em Brasília, em reunião na Câmara dos Deputados, muito barulho durante a votação sobre a diminuição da maioridade, para menores de idade que venham a cometer crimes hediondos.
Sem entrar no mérito do assunto, acredito que uma boa parte dos "militantes" (??!!) que gritavam palavras de ordem, provavelmente o faziam para atender interesses particulares e não especificamente por acreditarem na seriedade do que estava sendo julgado.
Infelizmente, até os próprios parlamentares votando contra ou a favor da aprovação da diminuição da maioridade penal, o faziam por interesses partidários e alguns por interesses particulares.
Num país com uma das maiores populações carcerárias do mundo, com um nível de violência aterrorizante, com desigualdades sociais estarrecedoras, com a falência do processo educacional e de saúde, não encontra a mesma participação social na busca dos interesses sociais.
Bate-se panelas, faz-se caminhadas pela regulamentação do uso da maconha além de outras manifestações que se perdem na primeira esquina onde os grupos se dispersam para uma rodada de chopinhos.
A inflação está batendo nas portas dos trabalhadores, crianças brasileiras ainda morrem sem assistência médica, bandidos e policiais trocam tiros diariamente em todos os estados do Brasil.
Vivemos mergulhados num mar de problemas, e entre eles os crimes cometidos por jovens, que vivendo sob o desequilíbrio orgânico típico da puberdade e adolescência, produtos de famílias sem estrutura e convivendo em sua maioria em grupos sociais onde as armas substituiram os cadernos e lápis e seus herois não são os professores.
Prender esta população, realmente é uma preocupação, porém as famílias que foram sangradas por esses menores, precisam de uma resposta.
Pergunta-se a todos os que estiveram fazendo BARULHO, ontem em Brasília, o que vocês sugerem, para resolver esta situação?
Que propostas concretas devem ser apresentadas, além do cárcere?
Que parlamentares estariam dispostos a se dedicarem pessoalmente e frequentar as comunidades resgatar estes jovens infratores?
Quem se propõem educar estes jovens?
Que tipo de escolas eles devem frequentar?
Que metodologia deve ser usada para tirá-los do crime?
Que   material  didático deverá ser empregado para atraí-los para a leitura?
Que profissionais da saúde médica e psicológica se candidatarão a cooperar com um projeto de orientação destes jovens?
Quem, dos manifestantes que fizeram barulho, estarão dispostos a criar grupos de trabalho para atuar nas comunidades carentes?
Quem, estaria com o coração aberto para ajudar, apoiar e acalentar as famílias que tiveram seus entes queridos mortos por menores de idade?
Creio que estas são apenas algumas questões, que se não forem respondidas, ficaremos fazendo muito BARULHO POR NADA!
Edison Borba

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