sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

MEU TRABALHO É UM FARDO PESADO?

O ano se iniciou e buscamos nos calendários os dias de feriados e contabilizamos o tempo que falta para as férias. Esta ansiedade cria para a humanidade uma condição na qual trabalho é “coisa” ruim, e se é ruim não gostamos e não queremos. O melhor é ficar bem longe desta “coisa” que não é boa.
Não estou referindo-me às condições oferecidas aos trabalhadores brasileiros, que se comparados aos de outros países, encontraremos uma enorme distância. A questão em pauta, está na relação de prazer no fazer e o fazer por prazer.
Quando somos levados pelas circunstâncias da vida a fazermos algo que não gostamos, o trabalho torna-se um fardo pesado para carregar. Essa é uma verdade incontestável, porém mesmo quando se está carregando este “fardo” não adianta torná-lo mais pesado, com lamentações, contando os minutos, horas e dias de forma regressiva para abandonar o “fardo”. Ao agirmos assim, estaremos nos tornando os carrascos de nós mesmos.
O que fazer? Não existe uma fórmula mágica que possa transformar em prazer algo que não gostamos, mas podemos buscar o belo naquilo que achamos feio.
É do trabalho que fazemos, gostando ou não dele, que obtemos condições de custearmos nossa vida. Portanto, aquilo que fazemos sem prazer, financia o que podemos obter de prazer. Isto não significa que devemos nos acomodar ou parar no tempo e não sonhar.   Claro que não!
O tempo que perdemos tentando nos livrar do “fardo” de um trabalho que não nos gratifica, corresponde a um gasto enorme de energia, que se bem canalizada, poderia estar ajudando-nos a abrir novas portas. Ler, mudar hábitos, estudar, buscar aperfeiçoamentos, manter-se informado são algumas formas concretas de buscar novos caminhos. Lamentar, tentar burlar as regras do trabalho e reclamar não contribui para que haja mudanças.
É necessário que aconteça dentro de cada um de nós, reequilíbrios, para que possamos sair da rotina e encontrar novas possibilidades. Nada na vida é fácil, mas, muitas vezes nós mesmos criamos dificuldades. Pensar em mudar de fora para dentro, é como esperar chuva no deserto. Quando queremos que haja mudanças em nossas vidas, temos que agir física e mentalmente, analisando seriamente o que temos feito de certo e de errado. É preciso ter coragem para sair da zona de conforto, e antes de reclamar, fazer uma profunda reflexão sobre as nossas ações. O que eu tenho feito para que mudanças boas aconteçam?
Importante lembrar, que quando gostamos daquilo que fazemos, não contamos os dias para os finais de semana e nem contabilizamos feriados e férias. Quando estamos felizes, trabalho e lazer se confundem, pois o prazer está onde se estiver fazendo o que precisa ser feito.
Edison Borba

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