terça-feira, 5 de janeiro de 2016

SERÁ GENOCÍDIO?


O atendimento do sistema público de saúde no Brasil, está a um passo de ser classificado como genocídio. Lembrando o significado da palavra, trata-se de assassinato deliberado de pessoas por diferenças sociais entre outras. Pesquisadores acreditam que o objetivo final do genocídio seja o extermínio de seres humanos, considerados “diferentes” dentro da sociedade em que eles estão inseridos.
Os brasileiros pertencentes às castas mais altas, saem do País e buscam socorro em outros países. Há também os que sustentam altos planos de saúde, e portanto, recebem tratamento especial e especializado da mais alta tecnologia.
Há também, uma classe média, que busca em planos de saúde particulares, mas não tão “eficientes” como os da classe dominante,  que apesar das  agruras, consegue se livrar do inferno hospitalar público.
Diariamente os noticiários apresentam cenas degradantes, algumas se assemelham aos quadros de guerra. Nos primeiros dias de janeiro, em apenas uma maternidade do Rio de Janeiro, quase dez bebês morreram durante o parto. Gestantes jogadas em corredores, sofrendo de uma forma tal, que podemos classificar como tortura.
As filas de doentes esperando por um atendimento, exames importantes para que haja o tratamento adequado sendo marcados com meses de espera. Os profissionais da saúde, médicos, enfermeiros, auxiliares não conseguindo tratar os doentes por falta de remédios e material de trabalho e a falta de higiene colocando em risco toda a população que usa os hospitais públicos do País.
Genocídio? Nossos parlamentares quando adoecem recebem atendimentos de altíssimo nível, situação totalmente oposta ao do trabalhador. Será genocídio?
A quantidade de pessoas que morrem em nossos hospitais, por falta de cuidados médicos, em todo o Brasil é quase um quadro de guerra. Será genocídio.
As verbas destinadas à saúde desaparecem, são desviadas, somem, são roubadas pela corrupção. Os conhecidos ladrões, continuam a exercer altos cargos e a receber grandes salários. A morte não lhes causa nenhum sentimento. São carrascos, criminosos, que em uma guerra teriam que responder a um tribunal. Será genocídio?
Se formos pensar matematicamente, os números poderão nos dar um indicativo, de que a quantidade de mortos em apenas um mês em todo o País, por falta de atendimento médico hospitalar, pode ser maior do que as vítimas do atentado terrorista em Paris. Será genocídio?
Fica a pergunta, fica a dúvida, fica a perplexidade, fica o sofrimento!
Será genocídio?
Edison Borba
 

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