domingo, 24 de janeiro de 2016

PALAVRA VIVA! VIVA A PALAVRA!

O mundo das palavras é vivo, e como tal, uma palavra nasce, cresce pelo uso dos homens e pode até morrer, como aconteceu com as palavras (língua) latina.

Os mais “vividos”, como eu, devem ter percebido que muitas palavras usadas em outros tempos, estão desaparecendo. Ninguém as usa, saíram de moda, perderam a força, não são atuais. Foram substituídas por outras.

Outra situação que envolve o mundo das palavras é a sua forma de uso, muitas são distorcidas em seu significado, podendo criar situações embaraçosas, para quem as pronuncia e para quem as ouve.

Os estudiosos das línguas podem nos oferecer a origem das palavras e como, em alguns casos, influenciaram a vida de um povo. Em particular, eu gosto do verbo ficar. Tenho uma simpatia por ele, desde que minha professora de História, Dona Olga, contou para a classe a importância para o Brasil, do “Dia do Fico”. Eu fiquei emocionado, como uma simples palavra pode mudar a vida de um País.

Eu fico! Assim falou D. Pedro I e com isso o verbo ficar entrou para a História do Brasil!

Eu fico, tu ficas, nós ficamos! Ficar com algo de alguém sem pedir é crime!

Ficar num lugar sem ser convidado, pode causar problemas!

Ficar parado, pode ser sinônimo de extasiado ou de indolência!

Ficar mais gordo ou mais magro é sonho de alguns, mais ficar rico é o sonho de muitos!

Ficar babando, pode ser por problemas de saúde ou desejo!

Uma interessante situação que envolve o verbo ficar; em alguns casos é uma tomada de decisão, mas em outros acontece sem a nossa vontade.

Ficar doente, é algo indesejável. Ficar feliz, é maravilhoso. Duas situações opostas que independem do nosso querer. Ninguém “força” a chegada da felicidade, e nem busca a doença, como opção de vida (há controvérsias!!??!!)

Poderíamos ficar divagando por horas sobre essa simples palavra, mas não posso deixar de entrar na onda e ficar pensando como é “ficar” com alguém, só por “ficar”. 

Ficar, neste caso não é sinônimo de amar, talvez seja usar, para em seguida descartar. É temporário, informal e quase animal. Talvez, eu seja mesmo “das antigas”, quando gente era gente; e não  tratava ninguém como objeto.

Bons tempos! Passou e só FICOU saudade!

Edison Borba

 

 

 

 

 
 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário