sábado, 16 de fevereiro de 2019

A JANELA

(por) Edison Borba






A paisagem vista daquela janela, permitia vislumbrar ao longe uma montanha. Quando o dia se fazia presente, a luz do sol tornava a montanha reluzente. Os raios solares sobre a vegetação, nos fazia ver as diversas nuances do verde das folhas das árvores. Porém, quando a noite caía sobre o vale, e a escuridão abraçava todo o ambiente, da janela nada se via, apenas um vazio, impenetrável na bruma que a tudo escondia, poder-se –ia dizer que nada mais havia, naquele vale verdejante e lindo.
Apenas, os que já haviam desfrutado da paisagem, sob a luz do sol de um dia, poderiam, mergulhar no ambiente nebuloso e frio, recordando a paisagem, mesmo no vazio que a negritude escondia. Os amantes sabiam que dentro da escuridão havia, a paisagem bela, e uma montanha verdejante.
Aquela janela como tantas outras espalhadas pelo mundo, guarda belas visões, que duram pouco mais que um segundo, o tempo de se fotografar com a alma a beleza que só conseguimos aproveitar com a calma de quem ama a vida e se sente integrado na natureza, que é sempre bela. Podemos aproveitar em recordações tardias, quando a luz do sol se esvai no horizonte, mas a paisagem continua em nossa mente, até que se faça um novo amanhecer, e a luz do sol faça renascer, mesmo que tardia, a beleza que a natureza pode nos oferecer sob a luz do dia!

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