Meritocracia – (por) Edison Borba
O Brasil é um País de
grandes oportunidades, quando focamos o seu perfil de Terra grandiosa e fértil
com potenciais aquíferos indiscutíveis além de outras riquezas naturais. Aqui
também reside um mito, que todos possuem direitos iguais e que vencer por seus
próprios méritos é bastante fácil. Porém, quando olhamos para a sua população, principalmente
as de menor renda, constatamos que a Terra das oportunidades fica muito aquém
do que ela poderia oferecer. Quando o assunto é as diferenças, as dificuldades
tornam-se incontáveis. Ser negro e pobre e se acrescentarmos ser do sexo feminino,
a situação se complica ainda mais. E, se colocarmos uma pitada de “ser
diferente” no sentido de escolhas sexuais, a tal da “meritocracia” deixa de
existir. E se quisermos tornar o quadro mais constrangedor, é só colocarmos “deficiências”
orgânicas, então o bicho pega mesmo. Demonstrar capacidade, entrar nas
competições, tentar vencer sem usar de “armas” sociais é um ato de coragem. Sabemos
que as mudanças estão acontecendo, à passos de tartaruga, mas estão chegando.
Porém, ainda falta muito para que possamos afirmar que todas as nossas crianças
e jovens recebem as mesmas oportunidades. Ainda vivemos sob o chicote da
indiferença social, sob a égide do preconceito e a regência do poder absoluto
nas mãos de poucos. Estou apenas colocando o dedo nesta ferida, que é apenas
uma, entre as diversas que ainda temos que sarar. É necessário que tomemos
consciência da verdadeira situação nacional, pois só assim nossos descendentes
terão forças para se impor e assim fazer valer a meritocracia que tanto
almejamos.
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