sábado, 2 de fevereiro de 2019

UMA JANELA DISCRETA


(por) Edison Borba







Eu, desenvolvo parte das minhas atividades em casa, pela manhã e, leciono no horário da tarde. Essa forma de viver, me reporta à história de Alfred Hitchcock, que construiu um dos mais brilhantes filmes de Hollywood, “Janela Indiscreta”. O personagem, preso em uma cadeira de rodas em seu pequeno apartamento, passa a observar seus vizinhos. Até que, o inimaginável acontece. Vejam o filme e, descubram o mistério da janela indiscreta. Neste tempo que estou em meu apartamento, sinto-me como James Stuart no filme, porém, sem a janela. Ouço os ruídos, barulhos e vozes dos meus vizinhos e fico a imaginar como será a vida deles. Entre os moradores do meu prédio, há um menino, que pela voz deve estar com uns seis anos. Ele é campeão do grito e do choro manhoso. O garoto chora e grita, o pai grita mais alto que o garoto, a irmã (creio que se trata de uma menina de 12 anos) reclama do irmão e também grita e chora, a mãe também grita com o garoto mandando-o calar a boca, e com o marido, por estar gritando com o menininho manhoso. O pirralho, pelo que tenho percebido, domina todos na casa, sendo o foco do conflito familiar. Há uma orgia de vozes, gritos, choros fazendo daquilo que poderíamos chamar de lar, um asilo de loucos.
Fico lembrando do filme, faltando-me apenas a janela, porque no meu caso, não são as imagens que contam, mas sim os ruídos! Haja Hitchcock para aguentar!

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