(por) Edison Borba
Eu, desenvolvo parte das minhas atividades em casa, pela
manhã e, leciono no horário da tarde. Essa forma de viver, me reporta à
história de Alfred Hitchcock, que construiu um dos mais brilhantes filmes de
Hollywood, “Janela Indiscreta”. O personagem, preso em uma cadeira de rodas em
seu pequeno apartamento, passa a observar seus vizinhos. Até que, o
inimaginável acontece. Vejam o filme e, descubram o mistério da janela
indiscreta. Neste tempo que estou em meu apartamento, sinto-me como James Stuart
no filme, porém, sem a janela. Ouço os ruídos, barulhos e vozes dos meus
vizinhos e fico a imaginar como será a vida deles. Entre os moradores do meu
prédio, há um menino, que pela voz deve estar com uns seis anos. Ele é campeão
do grito e do choro manhoso. O garoto chora e grita, o pai grita mais alto que
o garoto, a irmã (creio que se trata de uma menina de 12 anos) reclama do irmão
e também grita e chora, a mãe também grita com o garoto mandando-o calar a boca,
e com o marido, por estar gritando com o menininho manhoso. O pirralho, pelo
que tenho percebido, domina todos na casa, sendo o foco do conflito familiar.
Há uma orgia de vozes, gritos, choros fazendo daquilo que poderíamos chamar de
lar, um asilo de loucos.
Fico lembrando do filme, faltando-me apenas a janela, porque
no meu caso, não são as imagens que contam, mas sim os ruídos! Haja Hitchcock
para aguentar!
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