segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A MORTE DE UM RIO


 (por) Edison Borba





Rio Paraopeba, mineiro por vocação
Seu curso, era nas Minas, Gerais do seu coração
Cristalinas águas, peixes nadando, tudo limpinho
Até se podia lá no fundo ver, vida brotando
E o povo alimentando, daquilo que Deus lhes deu
Sua belezura, era orgulho de todo o povo das Minas
Um rio faceiro, orgulhoso, de ser um bom camarada
Cujas águas em seu leito, até parecia estrada 
                          pras canoas navegar ...
Joga a rede, puxa a linha, abre o cesto que vem peixe
Gritava o pescador! Maravilha de pescado! Obrigado Nosso Senhor
Mas, as maldades humanas, fizeram uma tal barragem
                       nas terras de Brumadinho...
Encheram ela de lama, coisa ruim, cor vermelha
Com  um tal de produto tóxico
E só por divertimento, deixaram a “praga” fugir
E a morte se espalhou, pelo verdinho vale, matando gente
Destruindo as pastagens, os animais e a flora
Tudo pela ganância do dinheiro querer mais
E lá se foi o belo rio, águas envenenadas
Seus peixinhos sufocados, boiaram na lama vermelha
Morte “matando” a vida, no leito do Paraopeba
Adeus cristalinas águas, adeus rio querido
Adeus vida bendita batizada pelas gotas
Das doces águas de um mineirinho querido
Que dançava em seu leito, correndo como menino
Alegrando todo um povo que vivia em suas margens
Chora as Minas Gerais, chora o povo brasileiro
Chora toda a humanidade, chora o mundo inteiro!

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