Quantas vezes, ouvimos alguém dizer "eu não pedi para nascer". Palavras proferidas em momentos de raiva, às vezes dirigidas aos pais. Realmente a origem das nossas vidas será sempre uma grande incógnita, assim como quando e onde acontecerá à nossa morte. Quanto ao tipo de vida que trilhamos, é um caso complicado, pois as influências do meio, à educação familiar e social podem moldar para melhorar ou piorar a essência de um ser humano. Essa questão também é um caso para psicólogos e psiquiatras tentarem resolver. O que fazer quando estamos insatisfeitos com a vida que levamos e não conseguimos mudar o curso da nossa história. Sofremos pois temos conhecimento que poderia ser diferente mas as nossas fraquezas são tão fortes que não conseguimos sair do estado de inanição. Outras vezes, existem condições de mudanças e consciência do erro, mas por vontade própria ou por algum impulso maior prefere-se continuar a trilhar o famoso "mau caminho". Afinal, como acontecem as escolhas da vida? Eu escolhi ser professor. Após muitas lutas, esforço, trabalho e estudos consegui e continuei e após mais 50 anos como professor, continuo a persistir na profissão feliz e realizado com tudo que fiz e ainda posso fazer. Creio que muitas pessoas, nos mais diversos campos também sentem-se realizados. Entre erros e acertos, creio que tive mais acertos. Entre bons e maus entendidos, prevaleceram os bons. Terá sido sorte ou produto da minha educação? Será que a genética ajudou? Ninguém saberá a verdade "verdadeira". Ficará sempre a dúvida "quem escolheu a minha vida"? Quem escolheu a sua vida? Quem escolheu a nossa vida?
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