(por) Edison Borba
Aquela casinha branca de janelas "zuzinhas"
Ainda resiste. Está de pé, toda coberta de ervas
Aguentando o abandono a que foi submetida
Da velha porteira. já não se ouve o ranger
Está fechada, faz tempo, amargando o tormento
De não ser escancarada para as visitas chegarem
O poço sofre calado, amordaço pela tampa
Que nunca mais foi tirada para que a sua água
Abastecesse a casa e seus alegres visitantes
Já não se escuta o berrante anunciando a boiada
Que na estrada passava, ou melhor, passeava
Os arvoredos choram vendo suas frutas
Apodrecerem no chão e as roseiras secaram
De tanta solidão
Quem passa pela estrada, empoeirada estrada
Pode ver escondida, envelhecida e sofrida
A bela casinha branca de janelinhas azuis
Resistindo a força do tempo
Com esperanças, talvez, de um dia
Voltar a sorrir e suas janelas abrir
Recebendo aquela gente que ria, cantava e dançava
Sempre com muita alegria, comemorando a vida
Fosse frio ou calor eles festejavam a amizade e o amor!
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