(por) Edison Borba
Quando eu era criança pequena lá em Inhaúma, o período de carnaval era muito alegre. Tios e primos iam para a minha casa, que ficava na movimentada rua Álvaro de Miranda, local por onde desfilavam blocos, fazendo o percurso Inhaúma - Pilares (ida e volta). Minha família era muito carnavalesca. As crianças em sua maioria fantasiadas e os adultos com roupa
nova. Era comum as mulheres se vestirem “igual”, isto é,
vestidos da mesma cor e modelo, enquanto os homens davam preferência
pelo estilo malandro, camisa colorida e calça branca.
Cadeiras
eram colocadas na calçada para vermos os blocos e os fantasiados. À
noite meus pais e tios saiam para clubes ou então para o Centro do
Rio de Janeiro, para assistirem aos desfiles de frevos, ranchos,
escolas de samba e sociedades. Foi assim que nasceu em mim o gostar
carnavalesco, como uma festa de famílias e feita por famílias. Com a chegada da televisão, houve mudanças e o nosso carnaval passou do visual real para o visual na tela. Mas era carnaval! Vovó era uma das que mais gostava de ver os desfiles de fantasias e o repórter (Hilton Gomes) informando as cores das roupas e os desfilantes afirmando que "arte não tem preço". Tempos de Wilza Carla e Clovis Bornay. foi muito bom! Valeu e ainda continua valendo à pena!
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