segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A DOR DO MUNDO É A MINHA DOR!

Impossível ter equilíbrio vendo as lágrimas de  uma mulher diante do corpo de seu filho morto.
Impossível não reagir a favor de um pai desempregado sem dinheiro para manter sua família.
Impossível não sofrer diante dos inúmeros drogados que vagam pelas ruas da cidade.
Impossível não verter lágrimas diante da tragédia dos refugiados na Europa.
Impossível não querer ajudar um doente solitário num leito de hospital.
Impossível ficar passivo diante das imagens da fome na África.
Impossível não sofrer com a dor dos abandonados em asilos.
A minha dor é dos  meus amigos. A minha dor é dor do meu povo.
A minha dor é dor do mundo!
O sentido de sofrimento só tem "sentido" quando não ficamos passivos diante do sofrimento.
Quando sofremos pela dor do nosso irmão, estamos demonstrando humanidade e através
desta reação estamos melhorando nossa condição de sermos humanos.
Porém, não basta apenas sentir a dor, é preciso agir!
Não basta sofrer junto, é preciso aprender a socorrer!
Estamos vivendo uma época em que a solidariedade precisa voltar a ser um sentimento coletivo.
Dar às mãos, abrir portas e janelas, abraçar, amparar, abrigar são condições que se fazem urgentes.
Nunca em tão pouco tempo, o mundo está vivenciando tragédias. As grandes que abalam o planeta,
as pequenas e localizadas como as doenças endêmicas e as pessoais e individualizadas, que talvez
sejam o estopim para as grandes pandemias.
Ninguém deveria sofrer sozinho. A dor do meu semelhante tem que ser a minha dor. Somente
assim, com este sentimento podemos avaliar até mesmo as pequenas maldades que as vezes
cometemos.
Minha dor é do tamanho da dor do mundo e preciso partilhá-la para que ela se torne menor e mais
suportável e desta forma a minha dor irá me fazer um ser humano melhor.
Edison Borba

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