quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DELÍRIOS: NÚMEROS E NÚMEROS!


Taxas, tributos, impostos, preços, percentual, sobe e desce do dólar, reais, euros, valores tudo isto e muito mais numa miscelânea numérica, muitas expressas em percentuais que confundem a minha vida.

Competitividade, empresas, negócios, altas e baixas, empreendedorismo, compras, investimentos e salários. Como investir se o salário acaba numericamente falando antes dos numericamente falando, os trinta dias de cada mês?

Tramitação, economia, ministros, solidez, câmaras, ministro da economia, ministro da fazenda, privatização e recursos financeiros. Meus recursos já acabaram e eu tô ficando doidão!
Bolsa de valores, caderneta de poupança, cheques, saques, retiradas, aplicações e fundos. Que fundos? Os meus já estão furados faz muito tempo!
Golpe, ruptura, economia, política, crise, tá pior, tá melhor, tá sólido, constitucional, eleitoral, doações, dinheiro, democracia, mercado, compras e dívidas. Minhas dívidas! Como e quando pagar? Tô no vermelho! Minha cara também tá vermelha de vergonha dos credores.
Credores? Sou devedor, tenho dívidas e tenho dúvidas, não sei o que fazer. Não estou no grupo que torce pelo pior. Eu sou a favor do melhor. Mas o que é melhor, aplicar, descontar, guardar ou economizar? Economizar o quê? Grana? Bufunfa? Money? Moedas?
Minha bolsa e meu bolso estão mais secos que o deserto do Saara. Tenho uma amiga que desconta na comida os seus problemas. Ela é chocólatra e mergulha no cacau para aliviar as tensões. Mas eu, não tenho como comprar nem um bombom. O que faço? Nem acalmar minhas tensões numa caixa de doces eu consigo, pois o que trago comigo é uma carteira vazia. Vou entrar no botequim e pedir um trago, na hora de pagar eu direi para o dono do bar: depois eu trago!
Estou delirando, estou economizando, não estou comprando e nem gastando, creio que estou agradando e até me regenerando, os pecados capitais eu não cometo mais por falta de capital. A gula mandei embora, a avareza perdeu o sentido, a vaidade já era, o só me restou a preguiça uma moleza no corpo, um cansaço genial por não ter nada no bolso, nem uma cédula, nenhum real.
Edison Borba

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