quarta-feira, 9 de setembro de 2015

MENINOS, BALAS E BOLAS.

 

Em qualquer parte do mundo, onde existe um menino, haverá por perto alguma bola  e algumas balas.
Bolas de futebol, handebol, voleibol, coloridas, de couro ou de pano. Bolinhas de papel, muito usadas
nas escolas e as pequeninas bolinhas de gude e as de ping - pong.
As balas de caramelo ou hortelã além de outros sabores, muitas vezes são encontradas derretidas nos
bolsos ou nas mochilas dos meninos.
Mesmo com a avançada tecnologia, a existência dos computadores e dos celulares, as redondas, isto é, as bolas ainda provocam nos meninos uma grande atração. Quanto as balas, estas jamais sairão de moda, e estarão sempre adocicando a vida de muitos garotos.
Infelizmente, muitos meninos, estão sendo vítimas de balas, não as de sabor, mas que causam horror, as balas perdidas, disparadas das armas de bandidos e até de policiais.
Dia 8 de setembro de 2015, mais um menino de 12 anos, que corria atrás de uma bola foi atingido pela tal de bala perdida.
No Brasil, diariamente meninos estão morrendo vítimas das malditas balas, que atravessam o céu e os corações não só dos meninos mas de suas famílias e amigos.
Bolas, sonhos, risos, alegria e balas, infelizes balas que destroem com o amargo sabor da tragédia.
Meninos não deviam morrer. Meninos foram feitos para correr atrás de bolas e sentir o doce sabor
das balas de caramelo.
Mais um menino, entre muitos outros meninos se torna vítima da falta de planejamento social e educacional do Brasil. Enquanto nossos representantes políticos se preocupam apenas com suas contas bancárias, meninos morrem não só pelas balas perdidas, mas também pelas drogas, falta de saúde e educação e perspectiva de um futuro como cidadão trabalhador.
Em memória de  Cristian Soares da  Silva, de 12 anos, morto dia 8 de setembro de 2015, na comunidade de Manguinhos no Rio de Janeiro e a todos os meninos brasileiros condenados a destino incerto.
Edison Borba
 

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