terça-feira, 18 de julho de 2017

A DIFÍCIL ARTE DE MORRER

Hospital, doenças, médicos.
Respiração difícil.
Agulhas, soro, transfusões.
Solidão....
Lágrimas, oxigênio, pressão arterial.
Enfermeiros, tubos, remédios.
Angústia.
Enfermaria, acompanhantes, gazes.
Algodão, injeção, tranquilizante.
Medo.
Paredes brancas, jalecos, sussurros.
Receitas, lençóis, sangue.
Esperança.
Mãos trêmulas , espera, relógio.
Telefonemas, informações truncadas.
Vazio.
Orações, recordações, saudade.
Desapego, abandono.
Tristeza.
Médicos silenciosos
Opiniões e laudos.
Radiografias, tomografias.
Ação sem respiração.
Viver não é preciso.
A morte é precisa.
Chega na hora certa.
Nos leva pelas águas dos misteriosos mares.
Navegar é preciso.
Morrer é difícil.
É preciso saber representar na difícil arte de morrer.


Edison Borba

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