Sábado, sessão da tarde numa sala de cinemas em Botafogo, crianças, pais, mães, tios e vovôs cumprindo a maratona de fim de férias escolares. O alvoroço de felicidade toma conta do ambiente. Eu, perdido em meio àquele alarido comprava ingresso para o filme "Testemunha Invisível" cujo enredo destoa de tamanha alegria. Porém, algo acendeu em meu cérebro e fiz uma viagem até a minha infância, quando eu e meus irmãos frequentávamos as "matinés" do cine Trindade, no bairro de Pilares. O estopim que iluminou por segundos a minha cabeça foi a beleza, o cheiro e a brancura das pipocas. O tempo passou. Os cinemas mudaram. Os costumes da nova sociedade são outros, mas a pipoca continua a mesma. ela também se modernizou, ganhou "baldes" coloridos, mas a sua essência continua a habitar o universo de felicidade que só ela sabe criar. Bateu uma saudade gostosa e, eu me deixei conduzir pelas flores "pipocais" desse incrível alimento. Porém, para completar a minha viagem de sonhos e torná-la mais real, sai da galeria do cinema e na calçada, na rua, me aproximei de uma carrocinha e com lágrimas nos olhos pedi ao pipoqueiro, uma porção de pipoca.
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