domingo, 20 de março de 2016

O ESTRANHO CASO DA MULHER E A COBRA


Havia uma mulher que morava num palácio
Sozinha e solitária, vivia em terras secas de um lugar bem alto
Que por ser plana, esta terra, era chamada planalto

Esta estranha dama, gostava de pedalar
Todo dia bem cedinho saía a passear
E numa de suas jornadas quando o dia amanhecia
Ela deparou-se na estrada com um ser desconhecido

Era muito diferente de todos que conhecia
Mas a corajosa senhora, fez logo uma manobra
E do bicho aproximou-se – era cascudo e comprido
Rastejava pelo chão fazendo estranho ruído
A dama da bicicleta, ficou muito encantada

Pelo estranho ser, que atravessou a estrada
Com carinho e muito afeto, pegou o bicho no colo
Colocou numa cestinha e para o palácio levou
Foi paixão arrebatadora, foi amor sem contestação
A dama e o estranho bicho, entraram em comunhão

Passaram a viver então, no grande palácio real

Porém havia um problema que não fora resolvido
Era o nome de tal bicho, grande e desconhecido
Chamaram os cientistas e cartomantes também
Para descobrir o nome daquela estranha figura
Comprida, longa e escura. Seria aquilo uma cobra?
Chamaram uma vidente de natureza Eslovaca
Mulher que veio de longe, das Europas, eu afirmo

Ao chegar perto do bicho, em seu rabo ela pisou
E bem alto ela falou: minha gente, é jararaca
Bicho de bote certeiro, traiçoeiro e perigoso
O danado é bem esperto, e também muito manhoso
Sabe como enganar para poder atacar.
Mas uma dúvida surgiu, em todos que ali estavam

Por que a famosa dama, não fora ferida de morte?
E a vidente respondeu: irmã não ataca irmã
Apesar das diferenças, eu lhes confirmo e digo
Esta, tão nobre Senhora, não corre nenhum perigo.
Esta história é verdade, afirmo e dou minha fé

As duas cobras estão juntas, vivendo lá no palácio
Construído pelo povo de uma nobre nação varonil
Deixemos de lado nomes, para não aborrecer ninguém
A história acaba aqui, neste ponto que é final
Quem mais quiser saber, é bom ler um jornal!

Edison Borba

 

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