segunda-feira, 22 de maio de 2017

O VAZIO DE VIVER


 
Quando encontrei a porta aberta, te chamei não houve resposta
Pensei que estavas escondidas!
Um súbito arrepio me tomou corpo inteiro.
Naquele momento, senti o medo do vazio, da tua ausência
Vagarosamente busquei por ti em toda casa, em cada canto
Tudo havia perdido o encanto, apenas seu perfume
Ainda pairava no ar, aumentando o meu medo da solidão
Outra vez ousei chamar-te,
Nada ouvi além do eco da minha voz, ocupando o vazio que agora
Em toda casa se instalara ...
Desesperado, não satisfeito busquei mais uma vez encontrar-te
Confuso, percebi que algo estranho acontecera em nosso lar
Seu corpo inerte tombado junto a um cálice
Que ainda guardava um pouco do vinho
Era a única prova havias desistido
De acreditar, de viver e de lutar...
Edison Borba

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