terça-feira, 23 de maio de 2017

OS SONS DE BRASÍLIA!

Políticos, parlamentares, empresários, juízes, advogados, jornalistas entre outros especialistas e curiosos, reuniram-se em Brasília para ouvir os sons da gravação de uma cachoeira. Uma grande expectativa formou-se sobre os sons gravados, que tudo indicava ser de uma grande quantidade de água despencando de algum lugar. Porém, alguns curiosos afirmavam ser apenas sons de uma cascata. Um especialista em águas questionou qual seria a diferença entre uma cois...a ou outra? Cascata ou cachoeira, tudo é queda d’água. Os mais cautelosos avisaram que também poderiam ser sons de uma catarata, catadupa ou até mesmo uma corredeira. Portanto, não seria possível afirmar nada sobre aquele som!
Estudiosos contratados para analisar a questão afirmaram que, o mais importante, não era o som da água, mas os respingos, os efeitos desta água, que se não for contida poderá causar até uma inundação. Foram convocados Ministros, homens considerados de bom equilíbrio e cautelosos em suas observações. Após algumas horas de reunião, fechados em uma sala ouvindo a tal gravação, eles revelaram bombasticamente, que entre um pingo e outro de água, era possível ouvir sussurros e murmúrios difíceis de ser identificados. Houve um princípio de tumulto e uma ligeira confusão, até que um jornalista acenando com seu caderninho na mão gritou: Cachoeira com sussurros só acontece em Terra de Malboro! Eu quero é saber quem vai cantar, soltar a voz, confessar, apontar e acabar com esse circo?
Fez-se um silêncio mortal! O gravador foi desligado, pois havia muito ruído no salão e, se uma sereia aparecesse para cantar, muitos passarinhos iriam ser colocados em gaiolas.
 
 
 
 
Edison Borba
 

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