sexta-feira, 12 de maio de 2017

VARANDAS

Nasci em Inhaúma, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, em tempos de cadeiras na calçada, crianças brincando de bola e pião, empinando pipa e correndo para pegar o vento sem medo, sem lenço e sem documentos. Ser criança era ser apenas criança!
As casas tinham varanda! Muitas ostentavam frases em suas fachadas ou então ladrilhos com imagens de santos. Havia uma inteligente ingenuidade que permitia aconchegos sem medos e vizinhos oferecendo bolinhos ou outras iguarias ...uns aos outros, apenas por delicadeza.
O tempo passou depressa, parece que foi “noutra semana” que tudo isto aconteceu. Como na música de Chico Buarque, tem certos dias em que eu penso nestas cenas e me bate uma saudade imensa. Apenas saudade, sem saudosismo, pois essa época está em mim e sempre estará fazendo com que o presente seja este que vivo “na real”, mas que se torna mais ameno quando consigo mesclar o que foi, com o que é e o que um dia irá ser! Edison Borba
 
Foto tirada no quintal da casa de Inhaúma – Neyde (minha irmã); Jorge (meu primo) e eu (anos 50).
 

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