quarta-feira, 1 de abril de 2020

BOLA ROLANDO

(por) Edison Borba



Em tempos de coronavírus, vale a pena pensar nas relações humanas quando países se confrontam como equipes e quando se relacionam como cidadãos. Quando o juiz apita dando início à uma partida e a bola começa a rolar, percebemos o quanto é importante manter as regras do jogo. A essência dos esportes está na relação de igualdade que deve existir quando se pratica esporte pelo esporte. Importante é a competição, os cumprimentos das regras, a luta por uma vitória justa e que se conseguida, seja dentro das regras estabelecidas. Quando a bola rola, os homens são rivais apenas durante o tempo que durar uma partida, são irmãos unidos pela paz. Diferentes apenas pelas bandeiras, hinos e cores de suas camisas, mas absolutamente humanos. Infelizmente, a humanidade não cumpre as regras de sobrevivência e respeito da mesma forma que obedecem durante os  minutos de um jogo. Violência, guerra, terrorismo e atitudes insanas tornam os seres humanos eternos competidores. A situação complicada em que o Brasil está imerso, é a prova irrefutável de que as regras fora do campo não são cumpridas. Não há juízes e nem apitos, para ser obedecidos; no jogo pelo poder, vale "tudo" e não existem equipes, cada um joga pensando em si próprio. Nesse momento de pandemia, temos assistido cenas desagradáveis de vaidade e egocentrismo. Se não houver um juiz capaz de colocar ordem no "campo", haverá uma conta gigantesca a ser paga com o suor da torcida, nesse caso o povão. Até lá só nos resta torcer pelo melhor!



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