quarta-feira, 8 de abril de 2020

VIVENDO A VIDA


(por) Edison Borba


Certa vez, assistindo a um programa sobre cultura popular brasileira, artesã, ao ser entrevistada sobre a sua vida, ela simplesmente respondeu:
"Eu vivia a vida que vivia. Hoje eu vivo a vida que vivo!"
Que ensinamentos podemos extrair dessa frase tão simples?
Nesses tempos de coronavírus, quando ficar em casa tem sido a forma mais adequada para se evitar que o problema torne-se mais grave, comecei a pensar nessa questão e fiz algumas anotações que seguem abaixo. São situações que estão entranhadas em nossas vidas, que já nem sabemos fazer de outra forma. Como:
1)-Almoçamos pensando no jantar, isto é, estamos sempre resolvendo problemas, falando ao celular que o sabor dos alimentos não nos interessa mais. 2)-Os sorrisos fugiram dos nossos rostos e ocupamos uma grande parte do nosso tempo com reclamações de todos os tipos. 3)-Há uma certa tendência a acumularmos "amigos" novos e naturalmente esquecermos os mais antigos. 4)-Nada é muito durável na nova sociedade. Quase tudo é feito para durar pouco incluindo os relacionamentos. Estamos quase sempre descartando objetos e, pessoas, que num simples clique deixam de existir. 5)-Muito do que praticamos como diversão é desprovido de conteúdo é  barulhento e a alegria espontânea tem dado lugar a uma alegria "industrializada".
Essas e outras questões passaram pela minha cabeça nesse recesso doméstico. Talvez, haja necessidade de revermos o que temos feito com as nossas vidas, com nossos relacionamentos, nossas famílias e quem sabe partirmos para outros sonhos e  construirmos uma sociedade mais saudável. 




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