quinta-feira, 2 de abril de 2020

O DRAGÃO

(por) Edison Borba





Imersos em fantasias buscando não perder a harmonia
Usando a janela como escapatória para o infinito
Tentando chegar ao sol, atingir as estrelas, pisar nas nuvens
Imerso em alegria para fugir à nostalgia e escapar da tristeza
Sentir-se seguro, distante dos ventos e vendavais
Buscando encontrar beleza em tudo que vê e tudo que faz
Permitir abusos de uma intimidade abandonada na casa não usada
Fechando os olhos e imaginando festas, folias e fantasias
Construindo castelos de prazer (por não ter o que fazer)
E para não perder a noção do quem somos
Todos no mesmo barco. As janelas escotilhas
Por onde olhamos a vida tentando seduzir o tempo
De intermináveis minutos e dias com mais de 24 horas
é preciso cuidar para não confundir emoções
Não misturar paixões e doces sonhos em dragões
O sonho de um novo dia. O amanhã tão esperado
Mas que se repete na mesmice do isolamento
Eu,  que num arroubo de momento
Lanço mão da espada e luto contra moinhos de vento
E qual Dom Quixote e Sancho Pança
Transformo a espada em lança e destruo o dragão do isolamento.








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