sábado, 6 de dezembro de 2014

PRECONCEITO – UM MAL DIFÍCIL DE CURAR!

        Os protestos nos Estados Unidos, após a morte de dois homens negros, por policiais brancos, deixa claro que o Homo sapiens continua agindo como um troglodita. Atirar banana num campo de futebol, ofender com palavras, proibir a entrada de negros em alguns ambientes, não usar pessoas negras para diferentes comerciais incluindo os que vendem produtos para bebês, não escalar atores como protagonistas para novelas,  negar trabalho, não promover um bom profissional na empresa, são situações que matam cidadãos da mesma forma que os policiais americanos.
A evolução da espécie humana é algo complexo, que envolve muito mais do que inteligência para criar e inventar objetos ou produtos de utilidade pública e remédios para salvar vidas.
O preconceito é doença mental!
A cor da pele, o peso, a condição sexual e social também fazem parte deste triste pacote preconceituoso que age como vírus que se espalha numa pandemia sem controle. Acobertando atitudes preconceituosas estão leis e regras que não punem adequadamente e com severidade este tipo de atitude.
O preconceito já está acontecendo no momento em que  as leis são escritas, ela se traduz nos juízes que determinam as condenações, nos advogados que defendem os preconceituosos, nos policiais que em nome da ordem pública selecionam em quem devem atirar para matar ou estrangular, alegando legítima defesa e em todas as atitudes que discriminam negros, obesos, idosos, homossexuais, pobres, analfabetos e outros grupos de cidadãos que ajudam a manter um país funcionando.
Os preconceituosos, são covardes, escondem-se usando uniformes, agem quase sempre no anonimato, não mostram o rosto  e agem nas sombras.
Da mesma forma que os encapuzados da Ku Klux Klan, os preconceituosos misturam-se nas torcidas que frequentam os estádios, usam jalecos, paletó e gravata, ocupam postos privilegiados na sociedade para poder agir de forma sórdida.
Nas ruas a situação acontece de forma mais direta e  brutal, envolvendo a violência física, porém as questões morais ferem muito e sangram da mesma forma que a lâmina de um punhal.
Difícil combater um mal, que passa de pai para filho. Famílias ensinam seus filhos a desdenharem e humilharem seus empregados numa transmissão quase genética difícil de extirpar. Lares respeitados pela sociedade escondem nos pequenos quartos o preconceito e a vergonha de uma sociedade que sabe fingir e mascarar um de seus maiores defeitos, o preconceito!
Edison Borba

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