Os protestos nos Estados Unidos, após
a morte de dois homens negros, por policiais brancos, deixa claro que o Homo
sapiens continua agindo como um troglodita. Atirar banana num campo de futebol,
ofender com palavras, proibir a entrada de negros em alguns ambientes, não usar
pessoas negras para diferentes comerciais incluindo os que vendem produtos para
bebês, não escalar atores como protagonistas para novelas, negar trabalho, não promover um bom
profissional na empresa, são situações que matam cidadãos da mesma forma que os
policiais americanos.
A evolução da espécie humana é algo
complexo, que envolve muito mais do que inteligência para criar e inventar
objetos ou produtos de utilidade pública e remédios para salvar vidas.
O preconceito é doença mental!
A cor da pele, o peso, a condição
sexual e social também fazem parte deste triste pacote preconceituoso que age
como vírus que se espalha numa pandemia sem controle. Acobertando atitudes
preconceituosas estão leis e regras que não punem adequadamente e com
severidade este tipo de atitude.
O preconceito já está acontecendo no
momento em que as leis são escritas, ela
se traduz nos juízes que determinam as condenações, nos advogados que defendem
os preconceituosos, nos policiais que em nome da ordem pública selecionam em
quem devem atirar para matar ou estrangular, alegando legítima defesa e em
todas as atitudes que discriminam negros, obesos, idosos, homossexuais, pobres,
analfabetos e outros grupos de cidadãos que ajudam a manter um país
funcionando.
Os preconceituosos, são covardes,
escondem-se usando uniformes, agem quase sempre no anonimato, não mostram o
rosto e agem nas sombras.
Da mesma forma que os encapuzados da
Ku Klux Klan, os preconceituosos misturam-se nas torcidas que frequentam os
estádios, usam jalecos, paletó e gravata, ocupam postos privilegiados na
sociedade para poder agir de forma sórdida.
Nas ruas a situação acontece de forma
mais direta e brutal, envolvendo a
violência física, porém as questões morais ferem muito e sangram da mesma forma
que a lâmina de um punhal.
Difícil combater um mal, que passa de
pai para filho. Famílias ensinam seus filhos a desdenharem e humilharem seus
empregados numa transmissão quase genética difícil de extirpar. Lares respeitados
pela sociedade escondem nos pequenos quartos o preconceito e a vergonha de uma
sociedade que sabe fingir e mascarar um de seus maiores defeitos, o
preconceito!
Edison Borba
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