Isso
mesmo! O dia amanheceu com a polícia fazendo operações fora do hospital. Na
Comunidade de Acari, o BOPE realiza uma grande operação tentando prender
bandidos, traficantes e apreender drogas e carros roubados e também no Morro
dos Macacos, em Vila Isabel, tudo aqui no Rio de Janeiro, nesta linda manhã de
segunda-feira, o primeiro dia do mês de dezembro.
Tem
sido assim desde o início do ano, diariamente operações são realizadas, fora
dos hospitais. Em alguns casos a anestesia é feita com gás de pimenta ou o
lacrimogênio.
No
lugar do bisturi, fuzis e pistolas, e o inusitado é que os operadores e os pacientes
usam as mesmas ferramentas. Durante estas operações, de todos os lados surgem feridos,
entre eles, até cidadãos saudáveis, que sofrem respingos da ação hospitalar. Infelizmente alguns trabalhadores que não
estavam doentes acabam no saco preto, atingidos por objeto não identificado
conhecido como bala perdida.
As
operações também acontecem nas classes mais altas do Brasil, enquanto nas
comunidades “os pessoal” correm sem destino, na classe A, entre os “seus
bacanas” tudo acontece na paz.
Na
Operação Lava Jato e na Operação Terra Prometida, os pacientes são tratados com carinho e amor. Todos
recebem anestesia, ou melhor, anistia e por problemas de saúde (alguns são
frágeis) e não podem viver confinados, são aconselhados e ficarem em lugares
amplos e arejados, como os seus apartamentos. Os inocentes, vítimas da mentira
e da injustiça, ficam nos braços de suas famílias.
Fazendo
tratamentos com produtos importados que pagam com dinheiro de suas humildes fortunas, eles
choram pela forma com que a sociedade quer tratá-los.
Dizem
que neste tipo de operação os doutores sugerem como complemento para tão sério
tratamento, pizzas de variados sabores.
E
assim, sem discriminação várias operações são realizadas no Brasil. Enquanto elas
são realizadas o povo alegre e feliz aguarda a chegada da Operação Natal.
Papai
Noel, muito esperto, usa colete a prova de balas e não descuida das suas renas
e nem do saco, cheio de presentes. O bom velhinho sabe que em terra de piranha
jacaré nada de costas!
Edison
Borba
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