quinta-feira, 9 de abril de 2015

NENÉM VAI CANTAR!

A imprensa divulgou um vídeo gravado por policiais, onde eles, numa atitude bizarra, chamam o fuzil, de neném e de forma inusitada fazem comentários pouco recomendáveis para agentes encarregados de manter a lei e a ordem.

"Olha o meu bebezinho aqui. Neném vai cantar, né? Neném vai cantar agora. Vai cantar para o bandido mimir",

Esse foi um dos comentários que aconteceu entre os policiais, da polícia militar do Rio de Janeiro. Também faço críticas a essa postura e principalmente por ter sido divulgada através de vídeo postado numa página no Facebook. Porém, se não houvesse a divulgação, fato que considero grave: postar comentários entre profissionais de várias áreas, durante o expediente, são muitas vezes considerados uma forma de descarregar tensões.          
Existem conversas travadas entre médicos, durante longas cirurgias, que se fossem publicadas todos perderiam o diploma de doutor em medicina. Em salas de funcionários, faz-se comentários em relação aos patrões e chefes, que colocariam muitos trabalhadores, incluindo secretárias na rua.
Nos estou fazendo apologia ao que foi dito, mas chamando a atenção para um fato que acontece em todos os níveis profissionais.
A grande questão está na forma de agir. Como é que nossos policiais militares estão sendo capacitados para agir nos momentos de conflito. Que tipo de suporte psicológico estes homens estão recebendo quando se dirigem para um confronto onde a situação é matar ou morrer. Como está a preparação para ficar frente à frente com os bandidos onde a luta passa a ser pela própria vida.
O que está em jogo é a postura de policiais enquanto servidores públicos e também a de todos os profissionais que atuam em órgãos dos governos municipais, estaduais e federais.
O Brasil é caricaturado pela forma deseducada que um significativo número de funcionários públicos costuma atender à população, principalmente quando se trata de trabalhadores.
Em portarias, guichês, balcões e outros lugares onde existem funcionários públicos concursados é comum o mal atendimento, as grosserias, o desrespeito para com quem necessita de atendimento ou até de uma pequena informação.
O problema com esses policiais permite, em boa hora, que se repense na capacitação de um bom número de servidores públicos, que justificam com seus salários os maus atendimentos.
É hora do Brasil passar por uma grande onda de reeducação social. É desagradável ver povo maltratando povo, em diversas situações onde se precisa atendimento do servidor público.
É hora de mandar todo mundo novamente para os bancos escolares!
Educação, já!
Edison Borba

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