segunda-feira, 24 de novembro de 2014

AZUL OU ROSA?

Bola para os meninos e boneca para as meninas! Surge aqui, na separação do azul e do rosa, a primeira semente que irá germinar e desenvolver as grandes árvores do preconceito.
Nosso processo educacional formal e informal encarrega-se de diplomar homens agressivos e mulheres submissas.
Desde a mais antiga história, a desigualdade entre os gêneros é marcante, infelizmente, mesmo quando o mundo celebra grandes conquistas no atual século, estas barreiras continuam solidamente construídas, de tal forma que o feminicídio no Brasil  é assustador.
Esta educação separatista tem garras bem maiores do que possamos imaginar; elas arranham, sangram e matam  todos que ousarem um tratamento sem barreiras.
Bolas para meninos e meninas, bonecas para ambos os gêneros e todos coloridos num linda e bela mistura irá se traduzir em respeito mútuo.
A sociedade estabelece condições sob as quais criam seus descendentes, para mais tarde, construírem Leis, que deverão punir a todos os que se formaram na escola da segregação e do preconceito. Punir aqueles que aprenderam a nossa própria lição é sem dúvida uma situação inusitada.
No âmago desta complicada situação entre o feminino e o masculino, isto é, aqueles para quem as regras foram estabelecidas, surgem os que transgridem  e respeitando às suas naturezas, quebram o tabu da masculinidade e da feminilidade deixando fluir “que toda a forma de amor vale a pena”.
Para estes o castigo é  bastante grave! Para eles resta a fogueira!
Nesta gangorra, as mulheres submissas, podem ser contaminadas pelo ódio da prepotência de seus patrões  portanto, também fazem coro contra os que são considerados diferentes e que devem ser banidos.
A elas também se juntam os conduzidos como gado pelos religiosos que empunham suas adagas para ferir e dominar a todos que não lhes dizem amém.
Azul ou rosa?
Bola ou boneca?
Homem ou mulher?
Ser humano ou animal?
Humano de ser humano ou humano de ser um ser com humanidade em seu coração?
Igualdade de gêneros, no plural! Todos têm o direito de ser humanos! Não importa as cores ou o brinquedos, o que precisamos em nosso país é ética, respeito e honra a palavra de sermos seres racionais. Precisamos ter preconceito, contra: políticos que roubam o que é do povo, religiosos que enriquecem suas vidas com o suor dos seus seguidores e empresários que exploram seus funcionários.
Precisamos imediatamente demonstrar nossa aversão em relação aos que violentam crianças nas carvoarias, garimpos e canaviais. Os que negam ao povo saúde e educação de qualidade, segurança e moradia digna.
Rosa ou azul?
Boneca ou bola?
Feminino ou masculino?
Numa nação que não respeita seus  cidadãos tratando-os com discriminação educacional e social o problema está  muito além do rosa e do azul, precisamos  mudar os  alicerces antes que um abalo sísmico, derrube tudo como em Sodoma e Gomorra.
Edison Borba

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