A
novela Império, exibida por uma importante emissora de televisão brasileira,
tem proporcionado aos telespectadores, bons momentos de dramaturgia.
Os
folhetins exibidos em capítulos diários, por vários meses, sempre tem altos e
baixos, isto é, bons e maus capítulos e também bons e maus atores. E muitas
vezes, bons atores tendo que trabalhar um texto de pouca qualidade e vice
versa. Mesmo com todas essas situações, as novelas de televisão são bons
entretenimentos.
Especificamente
em Império, dois personagens proporcionam momentos de risos, apesar de tratarem
de assunto sério: Zezé Polessa, como
Magnólia e Tato Gabus Mendes, como Severo.
Este
casal, propiciam-nos risos ao tratarem
seus filhos de forma absolutamente perversa e policialmente séria. A exploração
sexual da família de forma grotesca é uma realidade que infelizmente existe em
nossa sociedade nas mais diferentes classes sociais.
A
filha, de quem recolhem a mesada que ela
obtém da relação com um homem muito mais velho que ela, é exploração sexual
cruel. Quanto ao filho, às orientações para conseguir dinheiro, chegam a ser grotescas. O autor
tem conduzido bem este grupo de personagens, dando ao telespectador momentos de
riso misturados com indignação.
O
casal rouba o jornal dos vizinhos, dão golpes na praça, exploram sexualmente os
filhos além de outras tantas maracutaias.
Suas
falas referentes à sociedade trabalhadora, fazem-nos rir, mas é sem dúvida uma denúncia,
contra indivíduos que se apresentam como seres humanos, mas que merecem no
final da trama, um sério castigo. Apesar das novelas serem obras, criadas pela
imaginação de escritores, é sempre importante que elas sejam usadas, quando
possível, para denunciar e mostrar que a Lei, deve existir mesmo na ficção.
A
excelente Glória Peres, tem sido um bom exemplo, quando em seus textos, ela
trabalha denunciando situações sérias da
nossa sociedade, e punindo aqueles que descumprem as regras sociais.
No
caso de Magnólia e Severo da novela Império, espera-se que o casal seja punido
por todas as maldades que eles aprontam na história, encobertos pelo bom humor
do texto.
Dar
a eles um castigo sério será lembrar a alguns pais e mães que existem regras e
leis que punem todos os que exploram sexualmente seus filhos e que subtrair o
jornal de um vizinho é crime que não deve ser estimulado e sim punido.
Edison
Borba
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