Quando
Jesus, o Filho de Deus esteve na terra, sua palavra podia ser ouvida nas
montanhas, a beira mar, nas praças, nas
vilas ou em qualquer lugar onde houvesse ouvidos de ouvir. Jesus, nunca
precisou de templos, para ele bastava à natureza. E foi assim, que ele falou
para milhares de pessoas durante o “Sermão da Montanha”.
Além
de estar sempre disponível para ouvir e aconselhar Ele também era capaz de
conceder milagres e não fazer nenhuma propaganda sobre o seu feito. E assim ele
seguia acompanhado dos apóstolos, sempre misericordioso para com os homens e
mulheres e afável com as crianças.
O
maior orador do mundo, jamais exigiu algo em troca de sua palavra. Quando se
dirigia ao povo, falando em nome do Pai, ele pregava o amor o próximo, à
simplicidade, a harmonia, a compreensão
e a paz. O tempo passou, e muito do que Ele ensinou, foi esquecido pelo homem
moderno. Atualmente existem muitos a falar em seu nome, a sua palavra tem sido
usada conforme os interesses de quem fala.
Para
ouvir os que se dizem seus supostos mensageiros, é necessário frequentar templos e igrejas e pagar para ouvir o que o
Mestre nos deu gratuitamente. Os que se dizem ser seus mensageiros estão
produzindo milagres em larga escala. Diariamente, cego volta a enxergar,
paralítico a andar e doentes são curados das mais incríveis enfermidades. É constrangedor
que pessoas se prestem a divulgar milagres, que todos sabem não existiram. É uma
grande crueldade para com aqueles, que, encontram-se realmente doentes e que buscam
tratamento médico, assistir às farsas montadas em programas de televisão.
Tudo
o que Jesus plantou é exibido de forma irresponsável pelos que conseguem
arrecadar somos incalculáveis de dinheiro, muito dinheiro.
Quanto
vale um milagre? Quanto custa a palavra sagrada? Qual o preço de uma benção?
Estamos vivendo o momento da inflação religiosa, é preciso ir ao templo com a
carteira preparada para poder conseguir obter as graças do Senhor, que deverão
ser pagas em euros, dólares ou reais, dependendo do valor do milagre a ser
alcançado.
É
triste acompanhar o leilão das palavras sagradas. É desconfortável ver as
falcatruas milagrosas. É triste saber que se comercializa aquilo que nos foi
dado gratuitamente.
É
constrangedor!
Edison Borba
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