(por) Edison Borba
Corram todos, por favor
Toquem sinos, soem as trombetas
Mais um corpo de criança foi achado na sarjeta
Será menino ou menina? Todos querem, logo saber
Não importa é criança que não conseguirá crescer
Morreu de que? Foi doença, dessas que "pegam" criança?
Sarampo, tosse, febrão? Ou será que foi intoxicação?
Nada disso meu senhores, foi o circo de horrores
Que se formou nessa cidade! Ninguém acata as leis
Nenhuma é respeitada, nem a Lei maior de Deus
Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei
Traficante atira em polícia, que tenta pegar a milícia.
Milícia assume o comando, formando um forte bando
E nessa grande confusão, ninguém consegue controlar
A guerra na cidade, onde quem mais sofre são os "da" comunidade
Na rua, no beco, na calçada ou até dentro de casa
As balas acham crianças. Algumas jogando bola
Outras no sofá brincando, até no colo das mães
Elas morrem "por engano"
Quem é do dono da bala que matou a minha Jenifer
Grita o avô desesperado, tentando achar resposta
Para algo inusitado
Outras famílias choram, buscando respostas em vão
Que matou a menina Ágatha, o Kauê e o Kauan?
Ninguém sabe! Ninguém viu! Foi a bala de um fuzil!
Nossas crianças crianças morrem por falta de amor humano
Dos que estão no poder!
Os que roubam e saqueiam os cofres desse País
Estão em seus palácios, cercados de todo conforto
Legislando em causam própria que nem sabem da existência
Desse "povo" que morreu.
Esse tipo de notícia não chega até seus ouvidos
Seus filhos estão escondidos,protegidos em outros "Brazis"
Das balas dos nossos fuzis!
_______ Até quando????
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