(por) Edison Borba
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, assim falou Lavoisier. Esse pensamento nos leva a refletir sobre o que estamos fazendo com a nossa "casa", isto é, o lugar em que habitamos e realizamos todas as nossas funções vitais. Será que o nosso organismo (o humano) terá condições de se adaptar às novas condições que estamos criando? Para isso, nós também teremos que nos modificar, num processo mutante, onde o nosso genoma deverá conter genes capazes de novas e diferentes reações. Quando do desastre ecológico acontecido em Mariana (MG), uma importante personalidade politica brasileira, ousou afirmar que o rio Doce, seria devolvido à população, com águas mais cristalinas do que eram antes. Que observação mais estapafúrdia! Mesmo que se conseguisse despoluir o rio Doce, ele, já não seria o mesmo de antes, isto é, seria um novo rio. Atualmente ele é um novo e descaracterizado rio, onde em suas águas outros seres vivos poderão habitar. outros, mutantes, diferentes do que havia antes. E assim, estamos construindo um novo mundo, um novo planeta onde não haverá espaço para essa nossa geração. Uma área de mata devastada pelo fogo, mesmo recuperada não será mais a mesma. Além do longo tempo de regeneração, temos que pensar que, o que foi destruído não foram apenas árvores, mas todo o ecossistema que havia em torno de cada uma delas. Comunidades de organismos macro e micros foram destruídos. Temos que esperar um longo período para que haja uma nova ocupação de novos seres com novas reações para que uma nova organização biológica possa surgir naquele local.
Estamos caminhando para um novo mundo, que com certeza não será "admirável" para nós os Homo sapiens, versão 2019.
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