quarta-feira, 25 de setembro de 2019

DE VOLTA PRA CASA

(por) Edison Borba


                                                       
                                                       
Sonhei que estava voltando para casa,  não para a minha casa, a que eu moro agora. A minha volta era mais complexa, eu estava retornando às minhas raízes, como se eu estivesse dentro de uma máquina do tempo. Retornando gradativamente à minha juventude e à minha infância. Revi pessoas e lugares. Participei de acontecimentos importantes. Pude abraçar gente querida e cantar músicas que me trouxeram alegria e outras que me fizeram lembrar de amigos que partiram. Foi uma viagem repleta de encantamentos, e mesmo quando revi fatos que na ocasião representaram tristeza, agora ao revê-los ou revivê-los  o sentimento não foi o mesmo sentido naquela ocasião. À medida que o tempo mudava eu podia ver e reviver a minha vida. Mas, num determinado momento, senti que não devia prosseguir, que não devia continuar viajando no passado. O bom da vida, é manter os sentimentos da forma com que eles foram sentidos, quando aconteceram. Senti que se continuasse, muitos sonhos iriam se desfazer numa visão realista que o tempo atual destruiria. Felizmente desliguei a máquina do "tempo" e acordei a tempo de não perder mais um capítulo da minha novela. 

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